terça-feira, 29 de maio de 2012

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...  
Vinicius de Moraes

Um comentário:

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Sabe, Becca, tenho um amigo
que sentou com Vinicius e conversou,
esse amigo é o Fernando Melis,
ele me contou que
Vinicius era assim mesmo, pensava e agia dessa forma :
"O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes""

Bjins